segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A DONA DO TEMPO

A segunda feira começou cansada, Eric acordou umas 4 vezes de noite, pela manhã rolou o momento vacina (em casa), saída pra comprar o filó pra abelinha de fim de ano da Alice. À tarde foquei no trabalho (com direito a fornecedor na porta e, naturalmente, intercalado com mamadas) até a hora que Alice chegou da escola com a babá.
O marido foi pro ‘poker’ e eu, depois de jantar com a mais velha fui com os dois pro quarto para que dormissem. Alice dorme fácil e rápido. O pequeno leva mais tempo, precisa de mais ajuda. Enquanto isso, mama-dorme-acorda-mama-dorme-acorda, um whatsup da prima me chama pro Aurora na minha esquina. Meu primeiro pensamento ‘putz, que preguiça.... tão cansada...’
Eric dormiu umas 21h30. 
Fui pro meu quarto, sentei na cama; fofinha, macia, casa em silêncio... hmmm... ninguém vai me chamar agora... hmmm.... não vou no Aurora, to exausta. Mas se eu não for, não vou nunca... Eu vou!
Quando me vi na rua, de noite, fresquíssima com cabelos molhados, nossa, me dei conta de como isso era bom... deu saudade de quando o tempo era só meu. Eu fazia o que queria sem maiores conseqüências ou satisfações... gostava de me deixava levar pelo grupo... podia dormir e acordar a hora que eu quisesse, mesmo que não pudesse acordar tarde demais porque tinha que sair pra trabalhar qualquer compromisso era todo meu e só meu. Me deu vontade de andar de braços abertos só pra sentir melhor o ventinho, o ar no corpo... ando sempre carregada com o corpo tapado, mochila nas costas neném no colo, carrinho em punho, sacola na mão, criança na outra mão, mochila de escola... sair sozinha é uma experiência nova de novo. Sensação de tomando as rédeas de si de novo, ainda que só por uma hora e meia.
Sentei feliz no Aurora e pedi um chope, bem gelado!!!


Rsrsrs, mentira. Pedi uma água sem gás e sem gelo... depois da Alice, passei a adorar água sem gelo...