quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

DEPOIS DO FERIADO

Meus dias de maratona cotidiana estão se tornando rotina... E é incrível como as situações se repetem! Acho que eu é que tenho que me habituar e me preparar melhor - emocionalmente e operacionalmente. 

Depois de uma semana de duro luto pela perda repentina do sogro querido e presente, o fim de semana prolongado terminou com a notícia de q a babá - q em 9 meses tem segurado todas as barras - vai faltar na 3a. feira.

Engoli seco e mentalizei tudo o que tinha que acontecer na 3a feira – natação da Alice 8:30; pediatra do Eric 10h; Alice na colônia de férias às 14:30; fisioterapia respiratória no Eric em casa às 15h; buscar Alice na colônia as 18h. F... e ainda arrumar tudo e a todos.

Bom a natação não rolou. Durante o café da manhã dei a frutinha pro Erikito e preparei o lanche da Alice pra colônia. No caminho pra pediatra liguei pra mãe da amiguinha, Alice vai pra lá, almoça e segue com a amiga pra colônia. Oba, ponto pra mim! Na pediatra, descobri que a consulta era às 9h... tudo bem, posso esperar e ela vai me encaixar. Tá ótimo!  Já em casa, Erikito dormindo, descobri que a comidinha dele acabou... bora cozinhar! Cenoura, batata doce, frango. O pequeno acordou bem na hora, comeu tudo fresquinho e se lambuzou! Dali fomos direto pro banho – ele, eu ainda não. Nesse momento a cozinha um caos, comida pra todos os lados – na panela, no mixer, no tupperware, na pia, no chão, na cadeirinha... Com o gordo no colo, organizei minimamente a bagunça, tempo o suficiente pra chegar o fisioterapeuta. Fez as massagens no pequeno, não precisou aspirar (eba!) e foi embora. Já está na hora da frutinha da tarde... será que ele vai comer. Comeu! Feliz! E depois, exausto, com a boca ainda suja de mamão, dormiu! Ufa! 16h.  Deixa a casa pra lá! Fui pro computador e trabalhei (ahá!) até às 18h30, quando Alice chegou da colônia com a minha mãe e o Eric acordou.
Ih! Amanhã vem a cozinheira... não tem comida pra ela cozinhar... afff, o supermercado vai ficar pra amanhã.

A boa notícia é que nesta noite Erikito dormiu ANOITETODA, mas shshshshsh não espalha... 

DIFÍCIL

Foi um domingo de paz e tranqüilidade. Sem programas e sem correria. Alice dormiu na casa da tia, então acordamos calmamente, Eric mamou tranquilo, tomamos café, conversamos, falamos sobre as notícias no jornal (raridade...). Fui com o pequeno ao parquinho, passei na feira... Lele foi buscar Alice enqto o pequeno brincava na piscininha de plástico, casa relativamente em ordem e em silêncio. Lili chegou feliz e foi logo pra piscininha. Almoçamos ali fora mesmo, Lili comeu de dentro da água feliz e falante.
Mais tarde Lili e Lele foram ao parque e nos encontramos depois na casa do vovô e da vovó. Lá, vovó nos recebeu feliz, vovô estava cansado preferiu ficar deitado. Ficamos jogando conversa fora, vovó curtindo os netos... até que a vovó foi ver o vovô... gritos... emergência... socorro... amigo médico chega ... ambulância chega... choros e gritos... e choros e choros e choros...

Lili ficou na sala o tempo todo vendo televisão alheia ao movimento e ao doloroso evento. Erikito ainda muito pequeno só queria ficar no meu colo, sorrindo e falando.

A pediatra-amiga e vizinha levou a Lili pra brincar com a filha e levou o Erikito tb. A babá voltou antes e passou lá pra levar as crianças pra casa. Diante desse desfecho fora do comum... e tendo vivido uma situação tão diferente na casa da vovó, Lili ficou na dela. A amiga psi infantil, dias depois, me ajudou a me preparar para conversar com a Alice, era importante conversar.

Pequenina... que dó... como apresentar uma situação tão dura e tão permanente. O pai ainda tão sensível, a avó tão tristonha... Mas a conversa foi boa. Fui calma e direta. ‘Vovô Tutu morreu.’ E ela ‘Ahhh... por quê?’ Falei que o vovô estava velhinho e que agora a vovó e o papai estavam muito tristes, porque vão sentir muita saudade do vovô. Ela lembrou que ele estava com as mão tremendo (Parkinson inicial) e disse que tb ia sentir saudade. Pronto! E ‘Vamos brincar, mamãe?’.

A longo da semana ela apresentou a situação pra várias pessoas. Perguntou pro papai porque ele estava triste. Avisou à babá que o papai estava triste. Falou pra vovó que ela estava triste. E quando, numa hora qualquer a minha mãe reclamou que estava ficando velhinha, ela perguntou se ela também ia morrer. Minha mãe sem se espantar ou se ofender, simplesmente respondeu ‘Vou, mas não vai ser agora não’.


A energia da criança é incrível, essa inocência cheia de vida é um contraste a tristeza de perder uma vida. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O SEGUNDO FILHO

A chegada do Eric impôs adaptações na nossa vida familiar. Acho q minha primeira sensação foi a de família. A casa ficou mais cheia, nossa movimentação é mais intensa, antes éramos um casal com criança pequena, agora parece que ficamos mais enrolados, não conseguimos nos desvencilhar um do outro fácil assim... até banho vira item de negociação. 

Se só com Alice tínhamos um ao outro pra aliviar a trabalheira, ainda que a maior parte do trabalho ficasse comigo mas isso é um ooooooooutro assunto, sempre tinha uma brecha que poderia ser usada. Agora, ou contamos com ajuda externa ou ficamos os dois em permanente função. Daí nasceu uma babá full-time – dormindo em casa de 2ª a 6ª – e com isso a rotina da casa ganhou certa ‘inércia’ e a casa ficou mais cheia! A babá fofa e super articulada promove encontros com amiguinhos da escola – em casa, no play e na casa de outros – e lá vai o Eric junto... assim desde bem pequeno o segundo já participa de festinhas, bagunças e junteiras infantis. Acho que o segundo vira criança mais rápido.

Outra coisa é que a experiência de ser mãe de novo é absolutamente nova! Não é tudo de novo. Quer dizer, é, mas é muito diferente. O tempo é outro, nosso olhar é outro e nossas dúvidas e demandas completamente outras. Nos primeiros meses da Alice, amamentar era um aprendizado, o choro, o cocô, a noite, o sono, os barulhos... Com o Eric, esses itens já são dado, já sei que neném chora e que não significa sofrimento, já conheço a ‘pega’ da mamada; com ele as ansiedades são outras, principalmente, conciliar a vida do mais velho, que continua nos trazendo novidades e nos graduando como pais. Qdo Alice nasceu eu ficava tempos só contemplando ela, olhando-adormir, olhando-a mamar, os primeiros banhos de água filtrada e amornada. Com Eric, a contemplação é deliciosa tb, mas raaaara... Dar de mamar é tão mecânico que é uma oportunidade de fazer qualquer outra coisa – ver filme (ipad), ler jornal, checar email, ler historinhas pra Alice, dormir... O banho? Água fria direto do chuveiro desde o primeiro dia, ok, água morna, mas que se esfriou do momento em que a banheira encheu até o bebe chegar vai como está. Ele chora, tadinho, mas passa.

E a Alice sente a mudança. Ataques de birra eram muito raros e facilmente contornáveis. Agora... putz! Por qualquer motivo, colocando nossa calma e amor à prova. Aos poucos vou reaprendendo e exercitando a respirar fundo e renovar o estoque de MUITA PACIÊNCIA pra respeitar os ‘ataques de choro’ da fofa Alice. É justo que ela se sinta ansiosa com essa mudança. Aprendi que nunca devo reagir com irritação às birras dela, só piora e toma mais tempo pra situação se desfazer. O tom de voz com carinho, mesmo que seja uma bronca faz muita diferença. Esperar ela terminar de chorar, do lado dela, ajudá-la a se recompor, a respirar devagar tem sido minha melhor estratégia e ela enfim cansa do choro e busca um abraço ou um colo, o que no fundo é o que ela realmente quer. Mas HAJA PACIÊNCIA!!!

Mas olha que coisa, segundo filho é isso, tem sempre a concorrência do primeiro, até na hora de escrever sobre ele. 

CABELEIRA

Eric nasceu super cabeludo! 
Piada pronta pro pai careca desde quase sempre. Por volta dos 2 meses, aprendeu a fechar o punho. Fechava a mão nos cabelos, puxava e chorava até alguém liberar o cabelo da mão. rs. Com 6 meses a cabeleira louca tinha várias falhas no meio, um ‘tufão’ no alto, e era longo nas costas embaixo, dava um ar rebelde pro bebezão gordo. Esperei ficar mais sentadinho e depois do réveillon estreamos no salão J. Primeiro corte deixou meu boneco absolutamente lindo. Modesta, eu?

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

CRIANÇA DE FÉRIAS, Feliz ano novo!

Meu ano começou em alta velocidade!

Na volta da viagem ganho de ano novo a dispensa da empregada, que como já tinha decidido não ficar, não fez o combinado durante o MEU recesso e deixou uma pilha de roupas pra babá passar.

1a semana do ano: Roupas limpas amarrotadas, novo cesto de roupas sujas, Alice de férias, Eric exigindo dedicação na introdução da papinha salgada, trabalho novo bombando, marido trabalhando – oba! – dispensa e geladeira vazias, ui... e a babá pra ajudar...

Bom. Consegui a passadeira da vizinha e uma figura para cozinhar.
Na manhã seguinte, a babá vai com Alice na natação e eu fico com Eric – frutinha é o fácil. O amiguinho do condomínio chamou Alice pra brincar, foi minha vez de ficar com ela e me iludo de que checaria email e faria telefonemas de lá. Volto pra casa, babá tentando dar comidinha mas o Eric relutando. Complemento com mamá enquanto a babá cuida do almoço e mochila da colônia de férias da Alice. Consigo 1 horinha no computador pra responder emails e dar os telefonemas q não tinha conseguido antes, ao mesmo tempo em que faço uma lista do supermercado pra moça poder cozinhar amanhã e deixo a câmera passando as fotos e filmes da viagem pro computador. Vou querer imprimir e repassar pros amigos.

Já eram 14h quando sentei pra comer já arrumada pra reunião do final do dia.
1o dia da colônia, fui levar Alice pra sentirmos o clima, fui de taxi pra ganhar tempo. Exausta, ela adormeceu no curto caminho e a parte andada do trajeto foi no colo. Mas lá, logo achou amiguinhos, se distraiu e ficou bem. Eba!

Próxima etapa: supermercado. Meta: 45 min. Vai ter q dar! Chegando lá, várias prateleiras vazias, não tinham vários itens da lista... Acabou o tempo tenho q ir pra reunião. Na fila do caixa ligo pra confirmar. Não vai acontecer. Volto pra terminar as compras com um pouco mais e calma.

Chego em casa, Eric choramingando, ao me ver chora de verdade. Mamá! Nova lista de itens falantes do supermercado e a babá seguiu pra comprar no mercadinho. Tento trabalhar, mas o pequeno só quer colo e em mais alguns minutos as compras do supermercado chegam (mandei entregar). Recebo tudo e arrumo a dispensa – coisa a q uma freak-organizer como eu se dedica com afinco e com Eric no colo. Antes que eu terminasse, minha mãe chega em casa com Alice, que está de nariz entupido sugerindo gripe a caminho :((. Em seguida chega a babá – ufa! – repasso tudo e todos e vou pro computador organizar o trabalho q não consegui fazer e tentar potencializar a energia de amanhã. Chegam, então, os sogros com saudade da prole. Mais um pouco e é o marido que liga do caminho pra casa pra saber se temos tudo o que precisa pro jantar que ele vai fazer.

Enfim, desligo o computador e vou confraternizar com a família. Preparo a mesa, torradinhas e pastinhas de entrada, o pequeno, num determinado momento dá sinais de cansaço, dou mamá e ele adormece. Mas ainda é cedo, ele deve acordar de novo. Tudo ótimo, todos felizes, marido de avental no fogão, conversa solta, o jantar ficou pronto. Eric acordou... Vou lá dou mamá pro pequeno novamente e o ajudo a adormecer de forma definitiva.


Volto pra mesa, todos já comeram, o marido fofo fez um prato pra mim e é só esquentar no microondas.